terça-feira, 23 de junho de 2015

Bem-vinda





Semana passada senti a vontade de ficar perto. Por isso te escrevi aquela mensagem no meio da manhã, assim que terminei de atravessar a rua e sentei para tomar café. Poderia ser uma cena mais bonita, de paisagens melhores, mas era meu cotidiano urbano e, sim, descobri que você estava nele. Semana passada também tive a impressão que senti saudades suas, por esse motivo escolhi aquela canção legal do Jake Bugg para alegrar meu dia. Foi ótimo ter feito aquilo: independente de onde você estivesse, a gente tava perto. Achei até mesmo crucial eu ter cantado o refrão porque o ritmo e a melodia eram a cena mais bonita de você e essa homenagem era necessária. Ri de canto de boca, quando enfim te mandei o "bom dia" entre um gole de café e outro no balcão do bar. E ri com o resto que me cabia depois que você me 'respondera-perguntando' a quantas eu andava.

Te respondi afirmando que tava bem. Mas nas entrelinhas queria dizer mais coisa. Minha alegria tem 'nota de observação': estou feliz só por ter te conhecido e, acima de qualquer outra situação, feliz pela oportunidade. Sim, a vida é feita de chances e chances geram escolhas. Apenas escolhas e nada mais.

A gente se escolheu. De alguma maneira sinto que a gente se escolheu. Não sei ao certo quando foi o rito de passagem, mas compreendi desde o início que os abraços calorosos nos diziam bem mais. Tô feliz por ter te encontrado porque meus dias andavam normais ao extremo, e, fatidicamente, previsíveis. É legal, é muito legal saber que o sombrio da noite tá indo embora aos pouquinhos e devagar. Que alguém vai escutar o meu silêncio, de modo fraterno, cúmplice e, talvez um dia amoroso. Isso, talvez um dia amoroso. Não sei se a gente vai se amar, porque o fato de escolher não significa que o jogo será ganho. A minha vida toda, bem mais que 500 dias, eu fui o Tom da Summer, então me ajude a não tirar conclusões precipitadas, tá? Me ajude a não parecer bobo demais, excessivo demais, ausente demais ou pouco de menos. Confirma pra mim, assim que puderes, que a parceria que tanto vejo entre a gente seja, com todos os propósitos, real.

Assim que sair hoje do trabalho pretendo mandar pra você um convite pra gente assistir um filme legal e, quem sabe, depois, sair pra dançar. E repetir aquelas cenas bacanas que aparecem salteadas nos filmes: aquelas que o público gosta, torce para acontecer de novo, mas que, no fundo, no fundo, entende que se forem sucessivas em alta frequência, perderão a graça. Colocarão o filme em prejuízo e toda a essência programada se perderá. Em suma, a gente só vai poder se doar.

Vou torcer para que você aceite, que a gente troque uma ideia e depois eu segure sua mão. Vou torcer para que a gente se entenda, que compartilhe o que quer que seja, que a gente aguarde o depois e caminhe bem no presente. Vou preparar minha melhor básica pra receber um sorriso seu em troca. Quem sabe um chopp. Talvez abraços. Quem sabe um beijo. E o que tiver para nós dois.

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