sábado, 11 de maio de 2013

Rodapé, fonte 5. Para quietar.




" É melhor ser rei do teu silêncio...
    ... do que escravo de tuas palavras".

E é sobre a quem contar as tuas palavras. E é sobre a quem dizer teu discurso. E é sobre a quem referenciar tuas entrelinhas. E é sobre a quem entregar teu livro.

Isso porque o silêncio ainda pode nos levar não mais à loucura, mas sim ao topo do barulho. E as nossas palavras podem nos pregar belas peças se lançadas pelas mãos alheias. Voltar aos farrapos virão. Nada do que foi será como antes e o antes planejado foi desfeito por quem não sonhara os teus sonhos. Ah, foi só porque eu quis dividir...mas aprenda a lição: sonhos não foram feitos para serem divididos, mas, talvez, para ser emendados a outros sonhos...depois que um torna-se real. Mas só depois de um tornar-se é que a vida ganha tino. E as palavras viram árvores a serem cuidadas, podadas e frutíferas. Acredite no dúbio lado da vida e das pessoas...cuide da alma, do espírito e das palavras. Trabalhe o silêncio....cuide do espírito, da alma e das palavras...porque neste mundo o mais ingênuo e o mais cruel são extremos, e extremos chamam atenção e atenção incomoda e atrai. E não vou falar da felicidade porque esta deve ser obrigatoriamente clandestina. Clandestinamente particular. 

Que o nosso corpo, nossos olhos, nossos ouvidos
e nossos lábios tornem-se, 
 túmulos.

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