sábado, 17 de setembro de 2011

Levar-me

Há uma coisa chamada entrega. Ou você vai, ou você deixa de ir. Não há meio termo, metade de uma fatia, um pedaço daquilo outro e demais medições que, em sua vida, podem ser medidas por dois e partidas pela metade. E entrega não é a mesma coisa que caridade, ou até mesmo, solidariedade. Entregar-se é pedir uma mãozinha para ir acolá. É quando você vai lá e não diz adeus. Não diz que vai voltar mais tarde e que, telefonemas, e-mails e demais mecanismos de comunicação são suscetíveis à falhas e falhar no momento de ida pode atrapalhar todo um processo de volta.  

"Quando eu olhar pro lado....Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa."
Sabe-se lá a razão de termos certas quedas (bruscas) para o medo. O desvio, até quem sabe seja a palavra mais adequada. É a máxima. [tangente] E entregar-se não é uma conclusiva matemática. O ato de "deixar aos cuidados de alguém" ou " passar às posses de alguém" não significa extermina-se para tantos outros. E entregar-se conserva o que há de tantos sagrados por aí. E doar-se é como uma fotografia: é um momento grifado, registrado e eternizado em algum espaço de tempo - tempo este que não há complicâncias para voltar, pela simples razão do 'voltar' não existir. Ou há entrega, ou nada foi levado: tudo ficou em seu (in) devido lugar.

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